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Os agricultores do Sudoeste Alentejano estão apenas a metro e meio de ficarem sem água

Barragem de Santa Clara Há quase uma década que o nível da albufeira desce, devido à quebra de 30% de chuva por comparação a décadas anteriores e a uma agricultura sedenta. Baixou mais de 20 metros em 10 anos e está em volume morto desde 2019, o que significa que a água precisa de ser bombeada para poder ser aproveitada para abastecimento
Barragem de Santa Clara Há quase uma década que o nível da albufeira desce, devido à quebra de 30% de chuva por comparação a décadas anteriores e a uma agricultura sedenta. Baixou mais de 20 metros em 10 anos e está em volume morto desde 2019, o que significa que a água precisa de ser bombeada para poder ser aproveitada para abastecimento

Agricultura vai deixar de ter água da barragem de Santa Clara, no Sudoeste Alentejano. Governo não diz quem têm sido os maiores beneficiários

Centenas de produtores agrícolas no Sudoeste Alentejano vão deixar de receber água no próximo ano se o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, mantiver a palavra de que a barragem de Santa Clara irá fechar a torneira para tudo o que não seja abastecimento às populações assim que a albufeira baixar até à cota de 104 metros. Caso o inverno não seja excecionalmente chuvoso, esse ponto de rutura deverá ser atingido numa questão de meses.

Uma análise do Expresso à evolução nos últimos 10 anos da água disponível em Santa Clara e dos consumos que esta infraestrutura tem garantido, incluindo a vários milhares de hectares de produção de frutos vermelhos, plantas ornamentais e outras culturas no Perímetro de Regra do Mira, mostra que a perda da reserva acumulada na barragem é aparentemente irreversível.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ctomas@expresso.impresa.pt

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