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Philip D. Morais, o português de Macau que fez fortuna em Hong Kong e comprou parte de uma equipa de basebol nos EUA

Philip D. Morais, o português de Macau que fez fortuna em Hong Kong e comprou parte de uma equipa de basebol nos EUA

A história de vida de Philip D. Morais começa muitos anos antes de ter nascido, em Macedo de Cavaleiros. O futuro passa pela Lapa

Texto Isabel Caldas Ribeiro; Fotografias Filipe Pombo

A primeira vez que veio a Portugal foi há cerca de 35 anos. A viagem não correu como o esperado. Quando chegou ao aeroporto de Lisboa, acompanhado pela mulher e o filho mais velho, olharam-lhe para o passaporte e pediram-lhe o visto, algo que Philip D. Morais julgava não necessitar. Já com a família afastada uns metros, a ele negaram-lhe a entrada no país e disseram-lhe para regressar a Londres, onde teria de pedir um visto. “Fiquei muito aborrecido com Portugal nessa altura”, desabafa. Voltou, então, à capital inglesa e na embaixada disseram-lhe que o processo demorava uns dias. “Foi quando decidi desistir e regressar a Hong Kong. Pensei na altura que nunca mais tentaria ir a Portugal.”

Desde os 16 anos, Morais é sócio do Lusitano, um clube que ocupa cinco pisos de um edifício que serve como ponto de encontro e de socialização exclusivo para descendentes portugueses em Hong Kong. A par do apelo do sangue luso que lhe corre nas veias, também o querer ter “acesso a um almoço razoável” numa altura em que ainda não trabalhava contribuiu para entrar para a associa­ção — e hoje faz parte da direção. Pelos mesmos motivos também se tornou membro do outro clube português no território, o Recreio, inicialmente desenvolvido como um centro recreativo e posteriormente transformado num clube desportivo. “Ia muitas vezes ao Recreio, mas o Lusitano era mais para as ‘pessoas crescidas’, com quem gostava de me dar.”

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