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Ensino Superior: próximo ano letivo contará com mais 1000 camas em residências para estudantes

Pedro Teixeira foi secretário de Estado do Ensino Superior entre 2022 e 2024
Pedro Teixeira foi secretário de Estado do Ensino Superior entre 2022 e 2024
João Bica/ DR

Em entrevista ao Expresso na semana em que arrancaram as candidaturas a universidades e politécnicos, o secretário de Estado do Ensino Superior diz que abrirão nove novas residências até dezembro, ainda que o maior efeito do Plano Nacional de Alojamento só venha a ser sentido em 2025. Com o aumento dos critérios de elegibilidade para atribuição de bolsas, já no próximo ano letivo haverá, pelo menos, mais cinco mil estudantes apoiados. E há boas notícias para quem sonha entrar em Medicina: Pedro Teixeira garante que as vagas vão aumentar em “várias dezenas”

Em Portugal existem cerca de 4250 cursos superiores, entre licenciaturas, mestrados e doutoramentos, enquanto que em Espanha, que é quatro vezes maior, há apenas três mil. Há excesso de cursos em Portugal?

Relativamente às licenciaturas e mestrados integrados, o Governo tem procurado fazer alguma regulação no sentido de evitar um crescimento desajustado da oferta e de manter um equilíbrio territorial, com alguma discriminação positiva das instituições localizadas nas regiões de baixa pressão demográfica e também de áreas que entendemos serem prioritárias para o país, como as competências digitais, a formação de professores ou o caso da Medicina e de outros cursos de excelência, com notas de entrada muito altas. Já ao nível dos mestrados e doutoramentos, a principal preocupação que devemos ter é saber se os cursos têm qualidade do ponto de vista científico, pedagógico, do corpo docente e dos recursos. Se tiverem procura, e estando garantida a qualidade através da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), é uma decisão que cabe às próprias instituições. Ainda assim, está previsto que, além da avaliação dos cursos, a A3ES faça também uma avaliação de cada instituição e da sua estratégia em termos de oferta; nesse âmbito, estou em crer que vai surgir uma reflexão sobre se a oferta, nomeadamente de mestrados e doutoramentos, está ajustada à capacidade da própria instituição, às necessidades do mercado de trabalho e à procura, evitando que haja muitos cursos com um número muito baixo de inscritos.

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