Manuel Pizarro chegou ao Ministério da Saúde acompanhado por promessas de melhorias e de um novo alento para a governação. Especialista em medicina interna, deu ao sector a esperança de conseguir tratar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como um todo, mas as terapêuticas não têm sido sistémicas nem estruturais ou curativas. Quase um ano depois, o ministro tem tentado estabilizar as crises do SNS, mas sem uma resposta reformista.
“O início foi promissor. No entanto, ao longo destes meses, para além do trabalho desenvolvido pela Direção-Executiva do SNS (DE-SNS), pouco mais se viu. Parece estar apenas a reagir aos problemas que vão sendo levantados pelas estruturas que representam os profissionais de saúde. E durante este tempo tem deixado os serviços num impasse”, critica Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública. “Alguns pontos definidos pelo próprio ministério como fundamentais, como a suposta Agência de Promoção da Saúde, levantam muitas dúvidas, contrariando aquilo que as anteriores comissões da reforma (também ela protelada com a renovação para mais uma equipa) defenderam e que passa pelo reforço da Direção-Geral da Saúde (DGS) e não pela duplicação ou até divisão de competências em estruturas redundantes”, refere, a título de exemplo na sua área.
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