27 abril 2023 23:26

Segurança. Elevado número de inscrições de peregrinos paquistaneses e indianos levantou suspeitas. Serviços de segurança estão também atentos à entrada em Portugal de grupos católicos fundamentalistas, que se opõem às posições do Papa
27 abril 2023 23:26
Daqui a pouco mais de três meses, de 1 a 6 de agosto, Lisboa e Loures vão receber cerca de 1 milhão de peregrinos na Jornada Mundial de Juventude (JMJ). Considerado um megafenómeno securitário, concentrado em apenas seis dias, deverá mobilizar a totalidade do efetivo do Comando Metropolitano da capital (Cometlis) — cerca de 7 mil agentes —, reforçado com mais 2 mil elementos da PSP recrutados no resto do país. Mas esse é só um lado do detalhado plano de segurança, a cargo do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro. O escrutínio prévio começou há meses e permitiu já detetar indícios da atuação de redes de auxílio à imigração ilegal que, à boleia do evento, estarão a tentar introduzir em Portugal cidadãos paquistaneses e indianos, confirmou ao Expresso fonte próxima da investigação.
No fim de fevereiro, quando havia cerca de 500 mil participantes inscritos na JMJ, a nacionalidade paquistanesa surgia como a quinta mais numerosa entre os fiéis com ingresso confirmado, só superada pela espanhola, francesa, portuguesa e italiana, e à frente da americana, polaca, brasileira, mexicana, entre outras. Os dados por país de origem foram fornecidos pela própria ministra-adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, quando foi ouvida no Parlamento a pedido do Chega, na sequência da polémica do palco papal.