Militar, guarda e agente suspeitos de cumplicidade com traficantes da República Centro-Africana voltaram ao ativo
No apartamento de Inês G., uma das alegadas cúmplices da rede de tráfico de pedras preciosas da República Centro-Africana (RCA) para Portugal escondidas em aviões militares, a Polícia Judiciária apreendeu em novembro de 2021, durante as buscas da Operação Miríade, largas centenas de pedras brilhantes e de várias cores bem como um recipiente contendo um quilo de “material granulado de cor dourada”. Havia fortes suspeitas de que esta empresária em negócios de ouro e diamantes guardava em casa algum do material transacionado pelo grupo liderado pelo comando Paulo Nazaré entre os dois continentes.
Para atestar a qualidade do produto, a PJ enviou o recipiente de vidro para a Unidade de Contrastarias do Instituto Nacional da Casa da Moeda (INCM), no último verão. Mas o relatório de peritagem no Laboratório de Metais de Lisboa do INCM revelou que depois de “analisada a mistura de limalha metálica, verificou-se que a parte metálica é uma liga de latão, não apresentando vestígios de metais preciosos na sua composição”.
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