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Marcos Borga (MB)
Responsável há 20 anos pela definição da estratégia nacional contra a droga, João Goulão denuncia falta de meios para dar resposta a todos os pedidos de ajuda. Aponta o dedo ao desinvestimento que deixou os serviços reduzidos ao mínimo, esvaziados pela saída de profissionais que nunca foram substituídos. O diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) defende a abertura de mais salas de consumo e opõe-se frontalmente à proposta da Câmara do Porto de voltar a criminalizar o consumo. O Expresso publica esta sexta-feira um extenso trabalho sobre consumo de droga em Lisboa e Porto
O consumo de droga está a aumentar?
Sim. É isso que as equipas no terreno nos transmitem. Ainda não nos foi possível concluir o inquérito à população em geral, mas há estudos parcelares que também apontam para um recrudescimento do fenómeno.
Porquê?
Tipicamente, as dificuldades sentidas pelas populações têm reflexo no consumo. Tem a ver com uma tentativa de aliviar o sofrimento, neste contexto de ressaca da pandemia e do período complicado que vivemos e também marcado pelas dificuldades económicas provocadas pela inflação e que vão sendo cada vez mais sentidas.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: JBastos@expresso.impresa.pt
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