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“Rejuvenescimento de Lisboa está a acontecer, mas não com portugueses. Temo que tenhamos chegado a um ponto sem retorno”

“Rejuvenescimento de Lisboa está a acontecer, mas não com portugueses. Temo que tenhamos chegado a um ponto sem retorno”
Getty Images

Sandra Marques Pereira, investigadora do Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território do ISCTE, aponta o “aumento acentuadíssimo de população estrangeira” como a principal transformação social da cidade nos últimos anos. A capital entrou numa rota internacional de imobiliário e o preço das casas tornou-se inacessível para a generalidade das famílias. E o pior é que se pode já ter atingido “um ponto de não retorno”, receia

Nos últimos anos, tem-se dedicado a analisar as transformações sociais em Lisboa. Quais são as principais mudanças?
A mais evidente e significativa é o aumento acentuadíssimo da população estrangeira, que reflete a cosmopolização da cidade. Segundo os dados do SEF, em apenas seis anos, entre 2015 e 2021, a população estrangeira em Lisboa mais do que duplicou, passando de 51.690 para 108.894, o que é uma exorbitância. Os Censos não refletem esta realidade porque houve uma elevada taxa de não respostas entre os imigrantes, provavelmente devido à barreira da língua. Além do enorme aumento, há também uma mudança no perfil dos que chegam. Em 2015, tínhamos Brasil, China e Nepal no top das nacionalidades dos estrangeiros residentes. Agora temos Brasil, França e Itália, que correspondem ao que chamamos de “imigrantes de estilo de vida”.

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