Em 1950, viviam 2,5 mil milhões de pessoas no mundo e agora são 8 mil milhões, três vezes mais. Nunca o planeta teve tantos habitantes ao mesmo tempo como em 2022, mas, ainda assim, os que agora estão vivos são só 13% de todas as pessoas que já habitaram a Terra desde o ano 1 d.C. (62 mil milhões), segundo as estimativas do Population Reference Bureau. Para passar de 7 mil milhões para 8 mil milhões foram precisos 12 anos e agora serão precisos mais 15 anos — até 2037 — para chegar aos 9 mil milhões. Isso é sinal de que a população continua a aumentar, mas mais devagar. Pela primeira vez desde 1950, a taxa de crescimento foi inferior a 1% em 2020.
Ou seja, nascem mais pessoas do que as que morrem, mas o excesso de nascimentos sobre os óbitos é cada vez menor. A população poderá chegar aos 8,5 mil milhões em 2030, 9,7 mil milhões em 2050 e crescer até aos 10,4 mil milhões em 2086. Depois disso deverá começar a diminuir, chegando aos 10,3 mil milhões em 2100. Em Portugal, de acordo com o padrão de mortalidade atual, a maioria dos que nascem hoje vão assistir a essa evolução e conhecer um mundo muito mais populoso pois terão 80 anos em 2100.
O aumento da população mundial estimado até 2050 é de 1,7 mil milhões, ou seja, pouco mais do total de residentes no planeta em 1900. É sobretudo nos países menos desenvolvidos que acontecerá esse crescimento, em resultado de uma natalidade bastante mais elevada do que a mortalidade. Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Egito e Filipinas são os oito países com maiores aumentos e, juntos, concentram mais de metade do crescimento da população até 2050. Há países que estão a crescer de forma tão acelerada que vão duplicar o número de habitantes. É o caso do Níger, República Democrática do Congo, Mali, Somália, República Centro-
-Africana, Chade e Angola.
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