É a maior comunidade estrangeira em Portugal e continua a crescer, 12% em apenas seis meses. Mais numerosa nas grandes cidades e mais concentrada no algarve, está presente em todo o território. Este domingo, seja em Lisboa ou na Pampilhosa da Serra, vai saber se Bolsonaro se mantém presidente do seu país ou se Lula lhe ganha o cargo.
Na véspera da primeira volta das presidenciais, Cíntia de Paula estava otimista quanto à mudança de rumo no voto dos brasileiros a viver em Portugal, que em 2018 escolheram em massa Jair Bolsonaro. A Casa do Brasil, ONG a que preside, não fez campanha por nenhum candidato, mas opôs-se publicamente à reeleição do atual presidente, por ser contrário aos pilares da Democracia. No passado dia 2, a festa só não foi maior porque a vitória de Lula da Silva – lá e cá - revelou-se insuficiente para resolver logo o sufrágio.
Este domingo, os brasileiros exercem novamente o direito de voto, no segundo (e decisivo) turno. Mas em Portugal espera-se, como da primeira vez, uma abstenção alta. Dos mais de 80 mil imigrantes que estavam aptos para ir às urnas, em Lisboa, Porto e Faro, só 31 mil o fizeram. E a dispersão da comunidade pode ser uma das principais causas. De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), há brasileiros a residir em todos os 308 concelhos de Portugal, dos recordistas 21.541 em Lisboa a apenas dois em Pampilhosa da Serra ou Porto Moniz - ambos mulheres. A nível nacional, só há 21 concelhos com menos de dez imigrantes do Brasil.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RMoleiro@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes