27 outubro 2022 23:45

ana baiao
Só no Porto, a AMI, que gere o programa público de distribuição de cabazes no concelho, tem 200 pessoas em espera
27 outubro 2022 23:45
Muitas instituições de solidariedade social que prestam apoio alimentar atingiram o limite da sua capacidade e não estão a conseguir atender ao tsunami de pedidos que tem vindo a avolumar-se nos últimos meses. Em consequência, há cada vez mais famílias em lista de espera para comer. Só no Porto, a AMI, que gere o programa público de distribuição de cabazes no concelho, tem 200 pessoas em espera. E o problema é ainda maior porque os produtores, a indústria e os supermercados estão a reduzir as doações de bens alimentares de que quase meio milhão de portugueses dependem para viver.
“Distribuímos um cabaz mensal a 1200 pessoas, que é o limite máximo da nossa capacidade. Estamos a dar tudo o que temos e não conseguimos mais. A lista de espera começou a formar-se há dois ou três meses e já conta com 200 pessoas. Todas elas foram aprovadas pela Segurança Social para apoio alimentar, mas simplesmente não há vagas. E é impossível prever o tempo que terão de esperar. Podem ser meses”, diz Jéssica Silva, diretora-adjunta do Centro Porta Amiga do Porto (AMI).
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.