Sociedade

Football Leaks: “Sabendo o que sei hoje não voltaria a fazer o que fiz, o crime mesmo com boas intenções não compensa”, diz Rui Pinto

Rui Pinto fotografado em Budapeste, no início do ano, antes de ser extraditado para Portugal
Rui Pinto fotografado em Budapeste, no início do ano, antes de ser extraditado para Portugal
Maria Feck

Julgado por 90 crimes no processo Football Leaks, Rui Pinto manifestou esta segunda-feira arrependimento pelos acessos ilegítimos que levaram à sua detenção

Football Leaks: “Sabendo o que sei hoje não voltaria a fazer o que fiz, o crime mesmo com boas intenções não compensa”, diz Rui Pinto

Miguel Prado

Jornalista

"O crime, mesmo com boas intenções, não compensa. Sabendo o que sei hoje não voltaria a fazer o que fiz", declarou esta segunda-feira Rui Pinto, no julgamento em que é acusado de 90 crimes.

"É inequívoco que o que foi feito no Football Leaks, Malta Files e Luanda Leaks trouxe benefícios para a sociedade", afirmou Rui Pinto, mas notou que a sua vida está "de pernas para o ar". “Nas entidades que foram acedidas por mim não havia nenhuma que não tivesse um indício forte de cometimento de crimes”, disse.

"Fiquei um ano e meio privado da liberdade. Tenho um contacto semanal de duas horas com os meus familiares", desabafou o arguido, lamentando que apesar das informações que ajudou a trazer a público vários visados não sofreram consequências. "Isabel dos Santos continua a viver a sua vida tranquilamente no Dubai", lamentou.

"Eu não posso mudar o mundo. Têm de ser as autoridades a fazê-lo", disse ainda Rui Pinto.

O arguido disse ainda que enquanto o julgamento decorre tem estado, com outras pessoas, a fornecer informação aos serviços de inteligência ucranianos, mas só com base em fontes abertas. "Meritíssima, este agora é o meu caminho, fazer as coisas dentro da legalidade", declarou.

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