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Expresso Ser: veja 20 dicas para tornar a sua alimentação em casa mais sustentável

Expresso Ser: veja 20 dicas para tornar a sua alimentação em casa mais sustentável
Expresso Ser

Esta sexta-feira nas bancas, grátis com o Expresso, o primeiro manual para ser sustentável traz 60 sugestões e ideias para transformar a sua rotina em casa. Veja aqui 20 dessas dicas e comece já a mudar

Está a partir desta sexta-feira nas bancas o primeiro manual Expresso Ser, uma série dedicada à sustentabilidade em diversas áreas da vida. O primeiro manual chama-se “Em Casa” e oferece-lhe soluções para mudar a rotina na alimentação, na energia e nos produtos que utiliza.

Veja as primeiras dicas 20 que pode encontrar no manual, sobre alimentação, e comece já a transformar a cozinha e a despensa. Porque a sustentabilidade é de todos para todos.

1. Em português

Procure os produtos portugueses. Não é chauvinismo, é ecologia. Ter uma alimentação sustentável passa por pensar quantos quilómetros os alimentos viajaram até chegar ao supermercado. Ou ao mercado do lado. Aqui como em quase tudo na sustentabilidade, menos é mais.

2. Sazonal

Evite laranjas em agosto ou cerejas em dezembro. A menos que venham de lugares inóspitos ou a sua produção seja “forçada” com o uso de produtos químicos artificiais, não é normal. A sazonalidade conta muito, por isso conheça o calendário das frutas e legumes adaptados ao clima português. E escolha-as na altura delas.

3. A granel

Comprar a granel evita o uso de embalagens desnecessárias e garante que só se traz para casa o que faz realmente falta. O desperdício de comida que fica a apodrecer no frigorífico ou nas prateleiras vem, muitas vezes, das compras de grandes dimensões — se só quero dois limões, por que hei-de comprar um saco com oito? Não se esqueça do saco de algodão ou pano para as compras.

4. Água vezes dois

Como bem precioso que é, a água não pode ser desperdiçada. Pelo contrário, dá para ser reutilizada. Por exemplo, por que razão a água com que lava o arroz ou as batatas não pode ser utilizada na rega das plantas? Ou a contribuir para pequenas descargas na casa de banho?

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5. DGS avisa

Embora o vegetarianismo continue a ganhar adeptos, estamos longe do fim da alimentação carnívora. Se não dispensa os bifes, considere diminuir a frequência. Isto porque em Portugal os consumos de carne estão acima do recomendado. A Direção-Geral de Saúde sugere “reduzir o consumo de carne vermelha (vaca, porco, cabrito…) para valores até 500g por semana”. Dá cerca de três refeições de carne de domingo a domingo. O ambiente também agradece.

6. E o leite?

O mesmo serve para o leite. Se não quer aboli-lo da dieta, tente intercalá-lo com outras opções. Vários estudos associam o alto consumo de laticínios, tal como da carne de vaca, a um enorme prejuízo ambiental. As prateleiras dos supermercados estão cheias de alternativas vegetais ao leite de origem animal.

7. Torrado, mas não tanto

Sabia que existe uma relação direta entre o grau de emissões de uma tosta e o grau de torragem do pão? As tostas e torradas mais queimadas libertam substâncias tóxicas prejudiciais também para o organismo de quem as vai comer.

8. Tampada

Sempre que ferver água, tape a panela. Esse pequeno gesto vai fazer com que ganhe tempo e poupe energia, porque o calor vai ficar “preso” dentro do recipiente e acelerar a cozedura.

9. Todos juntos

Será que por cada duas ou três vezes que liga o forno não podia fazer tudo de uma só vez? Está a assar o salmão e só depois vai pôr a sobremesa no forno? Por que não juntar tudo? Ou o lanche? Ou os legumes que vão servir para o almoço do dia seguinte? Otimizar sempre.

10. Doce lar

É certo que ninguém dispensa uma noite num bom restaurante. Nem uma refeição entregue em casa num dia de maior cansaço. Mas preparar as próprias refeições é mesmo a melhor maneira de poupar a todos os níveis, desde as embalagens (no caso das apps de entrega de comida) ao preço e ao ambiente. Não se esqueça de fazer doses grandes, para não falhar a marmita no dia seguinte.

11. Escrever à mão

Os níveis de obesidade nos países ocidentais revelam uma evidência: comemos demasiado. Importa olhar para os pratos que tem em casa, optar pelos menores ou fugir à tentação de os encher. Uma boa forma de medir as quantidades é usar a mão: a palma indica a porção certa de carne e peixe, um punho para os hidratos de carbono, como arroz, massa ou batata e duas mãos abertas para os vegetais.

12. O papel do vegetal

Ainda nos (maus) hábitos, os portugueses consomem menos frutas e hortícolas do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Sobretudo os adolescentes e as crianças, como se escreve no estudo “Como comem os portugueses”, do nutricionista Pedro Graça. E nem a sopa, que continua a ter um peso importante na dieta em Portugal, atenua esses maus resultados. É hora de os mudar: comece por tentar uma refeição totalmente vegetal por semana.

13. Aprender a cortar

Comprar fruta, legumes, caules e outras verduras já cortadas é uma tentação, e dá menos trabalho. Problema: é também uma fonte de desperdício. São, regra geral, produtos mais caros para menor quantidade de alimento, vêm muitas vezes embalados em plástico e roubam uma parte importante do ato de cozinhar, que é a preparação.

14. Sopa é um descanso

A sopa é um elemento central da cozinha mediterrânica, a que nem sempre é dado o devido valor. É altamente nutritiva, já que normalmente tem grandes quantidades de vegetais, água, proteínas, fibras, vitaminas, e permite aproveitar restos que de outra forma iriam para o lixo (cascas e talos de legumes, por exemplo). Além disso, uma boa sopa de legumes é económica, dá para várias refeições, melhora o funcionamento intestinal e é baixa em calorias.

15. E água é vida

É a bebida mais barata, essencial à hidratação do corpo e um bem, infelizmente, cada vez mais escasso. Claro que uma boa refeição pode vir acompanhada de um igualmente bom copo de vinho, mas a água é uma companhia perfeita para qualquer hora de qualquer dia. E sai da torneira.

16. Comida de tacho

Nem sempre é possível, mas preparar refeições com um só tacho ajuda a poupar a vários níveis. Menos energia, menos loiça para lavar e maior facilidade em cozinhar (as receitas tendem a ser mais simples) e maiores quantidades - o que é ideal para convidar amigos ou uma família inteira. Sem comprometer os sabores.

17. Mini agricultor

Não é preciso ter um enorme jardim para plantar os próprios legumes ou ervas aromáticas. Estas últimas, aliás, encontram-se em qualquer supermercado, e são uma boa forma de começar para quem tem pouca experiência. Basta espalhar as sementes pelo solo, se o tiver, ou ter cada uma em seu vaso (no caso de uma varanda, por exemplo). Leia atentamente as instruções de cada semente et voilà.

18. O poder das listas

Pense em quanta comida desperdiça por semana. Agora multiplique isso por milhares de milhões de famílias e terá uma ideia de como é essencial consumir tudo o que compra. Para isso, fazer listas do que tem de no frigorífico e nas prateleiras, e do que fazer com cada um desses alimentos, pode ser uma boa solução.

19. Cronograma

Na sequência da dica anterior, planeie as refeições. Ao início vai parecer uma jornada longa e difícil, mas no fim compensa sempre. Permite cozinhar quase em piloto automático e salva aqueles dias em que tudo o que não apetece é ir às compras. Ter o planeamento semanal escrito e afixado no frigorífico pode ajudar.

20. Barriga cheia

Ir ao supermercado quando se tem fome é um erro de principiante. Todas as prateleiras vão parecer apelativas. É por isso que a organização é fundamental: o momento de ir às compras não é quando se decide que é preciso fazer alguma coisa para o almoço, é depois de almoçar.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt

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