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No quinto país mais bem classificado nos transplantes, 30 mil portugueses recusam doar órgãos depois de morrer. Tiago é um deles

No quinto país mais bem classificado nos transplantes, 30 mil portugueses recusam doar órgãos depois de morrer. Tiago é um deles

Tiago está entre quase trinta mil portugueses que recusam ser dadores de órgãos. É jovem e faz parte de uma fina franja de inscritos no Registo Nacional de Não Dadores, um sistema quase trintão cuja existência ajuda a explicar o êxito da transplantação em Portugal

Travão de mão em velocidade de cruzeiro. Foi como Tiago se sentiu quando, no cume da juventude, olhou pela primeira vez de frente para a morte. E desde então ela vem-lhe devagar, longe do sopro fugaz que imaginou para si.

Começou com uma vertigem, aqui e ali. Por vezes, uma falta de equilíbrio que jamais havia experimentado. De longe a longe, uma espécie de tontura. “E depois foi não sentir as pernas, não sentir as mãos, deixar de ouvir, deixar de ver”, descreve, nas melhores palavras encontradas para uma sensação que se lhe estreava no corpo. Acabou a entrar nos corredores de um hospital, sítio onde raramente havia posto os pés.

Invadia-o uma estranha sensação de já não estar a viver no mesmo corpo. “Alguma coisa muito errada teria de ser” – era esclerose múltipla.

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