A venda da pílula do dia seguinte está a aumentar. De acordo com os dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) cedidos ao “Jornal de Notícias” pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), até junho deste ano já foram vendidas mais 30% de pílulas do que no mesmo período do ano passado.
"Com o fim do confinamento, voltaram os festivais, as queimas das fitas, as festas e o convívio entre as pessoas", explicou a vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Contracepção e médica no Hospital de S. João, no Porto, Ana Rosa Costa. No total, até junho de 2022 foram comercializadas 85.810 unidades do anticoncecional de emergência. No mesmo período de 2021 tinham sido vendidas 65.853. Até ao final deste ano, deverão ser vendidas quase 149 mil pílulas do dia seguinte.
“O uso da contraceção de emergência é sinal de que as pessoas são responsáveis e de que estão a cair as ideias erradas acerca deste tipo de pílula que, contrariamente ao que algumas pessoas dizem, não é abortiva nem é uma bomba hormonal”, disse a médica. Esta pílula “impede ou atrasa a ovulação”, explicou a especialista em contraceção, acrescentando que “no caso de a ovulação ocorrer entre a relação sexual não protegida e a toma da pílula do dia seguinte, a pílula já não vai impedir uma gravidez”.
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