Já não há chamas ativas na Serra da Estrela, segundo informou esta manhã a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, embora existam alguns "pontos quentes" em relação ao incêndio que são preocupantes. Permanecem no terreno os meios de combate.
"Há dois pontos quentes que nos preocupam, no distrito da Guarda, em Famalicão, e no da Covilhã", avançou Elísio Oliveira, comandante regional de Emergência e Proteção Civil.
"A situação pode evoluir com o aumento de temperatura e também com o aumento do vento. Vai ser um dia exigente", frisou o responsável da Proteção Civil
De momento, mantêm-se no terreno mais de 1000 operacionais, e a preocupação da proteção Civil é a de "rentabilizar" os meios aéreos, como aviões e helicópteros, destacando ainda o "grande trabalho feito pelos bombeiros" utilizando neste combate as linhas de água.
"O trabalho é muito difícil face à altitude em que os profissionais estão a trabalhar, e temos tido a preocupação de salvaguardar as suas condições de segurança", sublinhou Elísio Oliveira.
Sobre o facto de estarem mais de 1000 operacionais no teatro do combate, "não é o maior número que poderá fazer a diferença, a questão é saber onde estão os pontos críticos", realçou.
O facto das zonas mais críticas estarem "maioritariamente em pontos de difícil acesso" foi enfatizado pelo comandante regional da Proteção Civil.
"O trabalho de noite foi essencialmente para pôr máquinas de rasto em todos os locais onde era possível", e abrir caminhos com ferramentas manuais, adiantou.
"Mas existem pontos onde na realidade não é possível ter acesso", salientou Eliseu Oiveira
O aumento de temperaturas previsto a partir do próximo fim de semana e a vaga de calor que se prepara para setembro foram fatores de risco destacados pelo ministro da Administração Interna, José Luis Carneiro, que fez um apelo a toda a população portuguesa no sentido de evitar a possibilidade de incêndios e ajudarem ativamente no seu combate, caso seja necessário.
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