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Aumento dos afogamentos: "Maioria dos portugueses não sabe identificar perigos nem respeita regras"

Aumento dos afogamentos: "Maioria dos portugueses não sabe identificar perigos nem respeita regras"
Pedro Nunes

Presidente da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, Alexandre Tadeia, garante que a maioria das pessoas não tem uma cultura de segurança aquática e lamenta que num dos países com mais praias da Europa haja apenas duas páginas sobre o tema em todo o currículo escolar. Só este ano, até ao final de julho, 88 pessoas morreram afogadas em praias, barragens, piscinas e poços. É o valor mais alto desde 2017.

No mar, correntes e agueiros são responsáveis por quase 90% das mortes, mas a maioria dos banhistas não sabe o que fazer. Já nos rios o maior perigo é o excesso de confiança das pessoas, explica Alexandre Tadeia. Em entrevista ao Expresso, o responsável da Federação de Nadadores Salvadores fala das dificuldades da profissão e defende alterações urgentes na legislação sobre piscinas.

O número de afogamentos registado este ano é o maior dos últimos cinco anos. Que razões explicam este aumento?
Claramente tem a ver com uma falta de cultura de segurança aquática por parte dos portugueses. A maior parte das pessoas não tem conhecimentos suficientes sobre segurança para conseguir identificar perigos e evitá-los e isso faz com que muito facilmente incorram em situações de risco. Temos visto os números a subir de ano para ano por este motivo. Se olharmos para o currículo dos 12 anos de escolaridade obrigatória em Portugal vemos que há apenas duas páginas num manual escolar do 2º ano que falam sobre segurança aquática. O tema não é abordado em mais nenhum momento ao longo de toda a escolaridade. Já na Noruega, por exemplo, o ensino da natação é obrigatório no 1º ciclo e no 2º ciclo ensina-se segurança aquática, no 3º ciclo os alunos têm aulas de salvamento aquático e no secundário de primeiros socorros…

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