Os dois escritórios de advogados indicados pela Comunidade Israelita do Porto (CIP) para tratarem de processos de nacionalidade de descendentes de judeus sefarditas - Mónica João Teixeira (MJT) e Yolanda Busse, Oehen Mendes & Associados (YBOM&A) - têm ou tiveram, segundo o jornal “Público”, ligações com a entidade religiosa que os recomenda.
A vice-presidente da CIP, Dara Jeffries, foi em tempos sócia da YBOM&A. Esta sociedade de advogados terá sido a primeira a trabalhar com a CIP, numa altura em que Dara Jeffries era secretária da direção da comunidade e o marido era presidente.
Já no caso da MJT, a advogada e colaboradora Isabel de Almeida Garrett é familiar de Francisco de Almeida Garrett, figura proeminente da CIP. Esta advogada é a única que não apresenta o e-mail no site oficial do escritório. Para além disso, Francisco de Almeida Garrett é sobrinho de Maria de Belém Roseira, antiga ministra, deputada e ex-candidata à presidência da República (2016), que foi proponente do artigo da Lei da Nacionalidade que concedeu, em 2013, a possibilidade de naturalização aos descendentes de judeus sefarditas.
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