A PJ fez buscas no país inteiro para investigar fraudes na obtenção de fundos comunitários no valor de de 6,6 milhões de euros. Em causa estão quatro operações de apoio ao desenvolvimento regional lançadas em 2020. É a Operação showroom
Jornalista
Uma equipa de magistrados, inspetores da Polícia Judiciária e elementos do Núcleo de Apoio Tecnológico da Procuradoria-geral da República estão a fazer 54 buscas em empresas, casas e até um escritório de advogados no âmbito de uma investigação a diversas fraudes na obtenção de fundos comunitários.
De acordo com uma fonte próxima do processo, estão em causa € 6.642.290, 60 obtidos de forma fraudulenta. Segundo a CNN, que avançou com a notícia, a operação está a ser conduzida pela procuradora Ana Carla Almeida, representante da PGR na estrutura de missão de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência e que num relatório recente alertou as autoridades para o facto de a missão de acompanhamento não ter meios para investigar eventuais fraudes na aplicação dos fundos da bazuca europeia.
Nesta operação, estão em causa oito empresas que conseguiram meios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional no âmbito de operações financeiras da Compete Norte, Centro e Lisboa.
Segundo um comunicado da PJ, foi "dado cumprimento a cinquenta e quatro mandados de busca, em escritório de advogado, residências e escritórios de diversas sociedades" e os factos em investigação "são suscetíveis de consubstanciar os crimes de fraude na obtenção de Subsídio e fraude fiscal qualificada". Nas buscas, "foi apreendida vasta documentação e outros elementos de prova, tendo em vista a sua análise, bem como foram constituídos 37 arguidos, 21 pessoas singulares e 16 pessoas coletivas".
Notícia atualizada às 15h18 com comunicado da PJ
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