A Câmara de Lisboa (CML) afirmou esta terça-feira que a transparência e o combate à corrupção são “uma prioridade central” no trabalho da autarquia, em reação à detenção de dois fiscais municipais suspeitos de corrupção.
“Para o atual executivo, a transparência e o combate à corrupção são uma prioridade central no trabalho que é desenvolvido diariamente na Câmara Municipal de Lisboa”, pode ler-se numa curta nota enviada à Lusa.
A Polícia Judiciária deteve hoje três homens por suspeitas de corrupção, dois deles fiscais de obras da Câmara Municipal de Lisboa.
A polícia seguia um "encontro previamente agendado" entre os dois fiscais da Divisão de Fiscalização da autarquia de Lisboa e um "cidadão proprietário de uma obra em curso na cidade de Lisboa", explicou a PJ em comunicado.
De acordo com a CML, uma das primeiras medidas avançadas no mandato do presidente, Carlos Moedas (PSD), foi a criação do pelouro da Transparência e Combate à Corrupção, que ficou a cargo da vereadora do Urbanismo, Joana Almeida.
De acordo com a nota, vai ainda ser criado “um departamento municipal de transparência e combate à corrupção, considerando que são desafios imprescindíveis para a correta gestão autárquica”.
O inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa levou à emissão de mandados para buscas domiciliárias e também nos postos de trabalho dos dois funcionários municipais, na câmara.
A polícia apreendeu "prova relevante" e "elevadas quantias" de dinheiro.
Os três detidos estão a aguardar um primeiro interrogatório no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.
Carlos Moedas venceu as eleições autárquicas em setembro passado pela coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que governa sem maioria absoluta.
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