Sociedade

Proteção de dados: crimes investigados pela PJ em Setúbal podem dar até 1 ano de prisão

Proteção de dados: crimes investigados pela PJ em Setúbal podem dar até 1 ano de prisão
Diego Delso

Foram realizadas buscas ao gabinete de apoio aos refugiados na Câmara de Setúbal e à associação liderada pelo russo Igor Khashin. Foi apreendida diversa documentação para análise e feitas pesquisas informáticas sobre dados relacionados com os crimes em investigação. Até ao momento não há arguidos

Proteção de dados: crimes investigados pela PJ em Setúbal podem dar até 1 ano de prisão

Hugo Franco

Jornalista

Os crimes investigados pela Polícia Judiciária de Setúbal, que esta terça-feira realizou buscas ao gabinete de apoio aos refugiados naquela autarquia, podem dar um ano de prisão. Em causa pode estar a violação de dados pessoais por parte de funcionária da câmara de origem russa, Yulia Khashina, já afastada dessas funções, e pelo seu marido, Igor Khashin.

Em comunicado, a PJ e o MP de Setúbal dizem que realizaram uma operação policial envolvendo a realização de buscas nas instalações da Linha Municipal de Apoio a Refugiados (LIMAR) da Câmara Municipal de Setúbal e nas instalações da Associação dos Emigrantes de Leste (Edinstvo), liderada por Igor Khashin.

"Investigam-se a prática de crimes de utilização de dados de forma incompatível com a finalidade da recolha, acesso indevido e desvio de dados, previstos na Lei de Proteção de Dados Pessoais."

No decurso das buscas foi apreendida para análise diversa documentação e foram efetuadas pesquisas informáticas sobre dados relacionados com os crimes em investigação. Até ao momento não há arguidos.

O Expresso revelou nas últimas duas semanas denúncias de refugiados ucranianos que dão conta que foram alvo de perguntas pessoais, nomeadamente sobre familiares que se encontram na Ucrânia, por parte do casal russo na LIMAR, que funciona no Mercado do Livramento. Foram ainda fotocopiados documentos pessoais por parte de Yulia Khashina e Igor Khashin.

Uma fonte próxima do processo garante que o inquérito já estaria pendente no MP de Setúbal há algum tempo.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

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