Peritos querem estratégia nacional para a saúde das mulheres
Grupo de trabalho é liderado pela antiga ministra da Saúde Maria de Belém e vai apresentar recomendações à Assembleia da República
Grupo de trabalho é liderado pela antiga ministra da Saúde Maria de Belém e vai apresentar recomendações à Assembleia da República
Jornalista
Homens e mulheres são iguais, mas não em tudo. Há diferenças biológicas que os distinguem e que merecem uma atenção dedicada quando é a sua saúde que está em causa. A necessidade de abordar a saúde da mulher de forma específica tem sido um foco em alguns sectores da medicina e agora um grupo de trabalho quer avançar com medidas concretas. Propõe uma estratégia nacional para melhorar as condições de saúde femininas.
O grupo de trabalho é formado por sete representantes de entidades nacionais da Saúde e liderado pela antiga ministra da pasta Maria de Belém Roseira. Esta sexta-feira marca o início das reuniões para analisar, debater e promover a prestação de cuidados. “O paradigma da saúde é sempre masculino e já houve muitos insucessos por isso. Homens e mulheres são diferentes e deve ser essa a abordagem médica”, defende Maria de Belém.
As sessões de trabalho – com representação da cardiologia, oncologia, contraceção, senologia, saúde da mulher, medicina geral e familiar e ginecologia – vão culminar com a apresentação de recomendações para promover uma estratégia nacional, a entregar à Assembleia da República e a outras entidades. “Precisamos de uma abordagem das doenças que matam própria para homens e para mulheres, que seja biológica e não social, que respeite as características biológicas e a diferença que existe”, explica.
Os deputados vão ser os primeiros destinatários do documento. “Queremos alertar, evidenciar e dar conhecer as recomendações com a perspetiva de que esta é uma matéria muito importante para desenhar boas políticas de Saúde e para isso deve ser partilhada com a Assembleia da República num exercício de democracia participativa”, afirma Maria de Belém.
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