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Portugal adianta os relógios na madrugada de domingo: começa o horário de verão, que nos EUA se vai tornar permanente

Portugal adianta os relógios na madrugada de domingo: começa o horário de verão, que nos EUA se vai tornar permanente
Charles Platiau/Reuters

O horário de verão entra em vigor e o país prepara-se para a costumeira mudança dos ponteiros, que acontece sempre na última semana de março. Salta-se da uma para as duas da manhã no continente e na Madeira, e da meia-noite para a uma nos Açores

O horário de verão entra em vigor na madrugada deste domingo e Portugal inteiro vai ter de adiantar uma hora para que o dia escureça mais tarde. No continente e na Madeira, como todos os anos, esse gesto deve ser feito à 1h mudando o relógio para as 2h. Nos Açores, salta-se logo da meia-noite para a uma.

Esta alteração, que acontece duas vezes por ano, em março e em outubro, foi alvo de reflexão em 2018, quando a Comissão Europeia, apoiada pelo Parlamento da UE, apresentou uma proposta para a abolir. Porém, os Estados-membros não se entenderam, mesmo apesar de um inquérito a nível europeu ter concluído que 4,6 milhões de pessoas concorda com um horário único ao longo do ano.

Em Portugal, um relatório do Observatório Astronómico de Lisboa aconselhou a manutenção da medida e António Costa não o contrariou. A razão apontada na altura foi que a adoção permanente tanto da hora de verão com a de inverno não iriam trazer, por cá, verdadeiros benefícios.

EUA adotam permanentemente hora de verão

Entretanto, ventos contrários sopram do outro lado do Atlântico, onde o senado norte-americano acabou de aprovar legislação para acabar com a mudança horária bianual. De acordo com o "The New York Times", a hora de verão será tornada permanente a partir de 2023, o que já foi criticado por vários cientistas que se dedicam à investigação sobre o sono, e para os quais a existência de luminosidade noturna pode ser prejudicial ao descanso.

Se a nova modalidade for posta em prática, o duplo horário irá acabar no país onde foi idealizado pela primeira vez, num artigo de Benjamin Franklin escrito para o "Journal de Paris".

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