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Matos Fernandes: “Dizia-se que não podia haver pesquisa de lítio na Serra de Arga. Avançaram duas empresas e o impacto ambiental foi nulo”

Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes
Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes
António Pedro Ferreira

Enquanto o país discutia a importância de se realizar uma avaliação ambiental estratégica para os projetos de pesquisa e prospeção de lítio em Portugal, duas empresas realizaram pesquisas na serra de Arga, uma das áreas excluídas no processo de avaliação estratégica. Em entrevista ao Expresso, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, diz não ver “forma de poder dizer não a estes contratos, sem pagar indemnização”. E que ao viabilizar seis locais para prospeção de lítio se alimentam “naturalmente expectativas para avançar para a exploração de lítio. Matos Fernandes não esconde o seu otimismo quanto ao hidrogénio. "Há uma dinâmica enorme em torno do hidrogénio em Portugal", afirma.

Matos Fernandes: “Dizia-se que não podia haver pesquisa de lítio na Serra de Arga. Avançaram duas empresas e o impacto ambiental foi nulo”

Miguel Prado

Editor de Economia

Matos Fernandes: “Dizia-se que não podia haver pesquisa de lítio na Serra de Arga. Avançaram duas empresas e o impacto ambiental foi nulo”

Carla Tomás

Jornalista

O Governo fez alguma avaliação macro dos benefícios económicos das apostas no hidrogénio e no lítio e das implicações ambientais que têm. Estas duas apostas têm mais benefícios económicos do que ambientais?
No lítio fizemos uma Avaliação ambiental Estratégica que ditou que dos oito locais avaliados, dois não avançassem para a pesquisa, não porque a pesquisa tenha qualquer impacto ambiental, mas porque seria extraordinariamente complexo em Segura e na Serra de Arga haver uma avaliação de impacte ambiental (AIA) positiva. Mas, curiosamente, na serra de Arga herdámos quatro contratos de pesquisa, que vêm do tempo de Passos Coelho. Dessas quatro, duas das empresas já concluíram a pesquisa. Quando todos diziam que não poderia haver pesquisa alguma na Serra de Arga, duas empresas fizeram-na e ninguém deu por ela. O impacte ambiental é nulo.

E o recurso lítio existe?
Tenho conhecimento que numa delas sim e querem passar à fase seguinte e já meteram os papéis na DGEG.

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