Sociedade

Ordem dos Médicos exige que morte de recém-nascido não assistido pelo INEM seja investigada “até às últimas consequências”

Foto: Gustavo Valiente via Getty Images
Foto: Gustavo Valiente via Getty Images

Segundo a Ordem dos Médicos,
o recém-nascido terá sido transportado para o Hospital de Portalegre pelos bombeiros sem ter sido assistido pelo INEM, dada a “falta de meios”

A Ordem dos Médicos exigiu esta quinta-feira que sejam investigadas alegadas falhas na prestação de socorro a um recém-nascido por falta de meios do INEM.

Em comunicado enviado às redações esta sexta-feira, a Ordem dos Médicos dá conta de informações vindas a público
sobre a morte de um recém-nascido que acabou por ser transportado para o Hospital de Portalegre pelos bombeiros sem ter sido assistido pelo INEM. O que, considera a Ordem, “configura uma situação muito grave e que deve ser rapidamente investigada e esclarecida”.

Segundo Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, a morte do recém-nascido “tem de ser investigada até às últimas consequências para que todas as possíveis falhas sejam rapidamente corrigidas e a confiança da população na resposta de emergência seja restabelecida”.

Citado no comunicado, o bastonário diz ainda que a Ordem dos Médicos tem conhecimento de “vários buracos nas escalas das equipas médicas de suporte avançado de vida em várias zonas do país”, o que, na prática, faz com que este apoio não seja acionado “por falta de meios”. “Recordamos que são estas equipas que integram as VMER [Viatura Médica de Emergência e Reanimação] e que devem ser acionadas para situações mais delicadas, como a de Portalegre, pelo que nenhuma falha é admissível”, refere Miguel Guimarães, alertando que se trata de uma área “em que não podemos permitir falhas conjunturais, mas ainda menos estruturais”.

O bastonário adianta que vai voltar a questionar o presidente do INEM sobre “estas falhas”, depois de ter enviado um ofício na semana passada ao referido responsável a questionar “o que está a ser feito para ultrapassar os constrangimentos que colocam em causa o socorro imediato a muitos portugueses”. O ofício, diz, “ainda não mereceu resposta”.

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