Medida visa assegurar a proteção de 2,4 milhões de portugueses e conta com a colaboração das autarquias. Unidades serão abertas à medida que vão sendo necessárias
Jornalista
É a mais recente medida para tentar acelerar a fundo a administração das doses de reforço aos portugueses em maior risco: reabrir todos os centros de vacinação pandémica necessários para responder ao aumento da população a vacinar. O anúncio foi feita na tarde desta quarta-feira numa conferência de imprensa com o secretário de Estado e adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e o coordenador da task force para a vacinação contra a covid, coronel Penha-Gonçalves. No total, é preciso vacinar 2,4 milhões de pessoas até janeiro.
A intervenção das autarquias na reativação da rede é essencial e volta a surgir depois de o coordenador da vacinação pandémica ter afirmado que faltam recursos para poder proteger mais utentes, desde logo para tentar cumprir a meta essencial para um Natal seguro: proteger com a terceira dose toda a população com mais de 65 anos elegível até meados de dezembro, cerca de 1,5 milhões.
Na reunião, Graça Freitas avançou ainda que Portugal terá uma posição conservadora sobre a vacinação dos mais novos, dos 5 aos 11 anos. Especialista em vacinas, explicou que a recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre a imunização dessa faixa etária será conhecida na quinta-feira. Publicados os respetivos ensaios clínicos que sustentam a decisão, a Comissão de Vacinação da DGS e os consultores externos farão a sua avaliação. Em caso positivo, será depois apresentado um plano de distribuição das doses, ajustadas à idade pediátrica.
Graça Freitas assegurou que tudo está dentro do tempo e que a avançar-se com a imunização dos mais novos não deverá ser antes de dezembro, mês em que o próprio fabricante, Pfizer, irá apresentar as indicações necessárias.
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