Os novos planos acordados incluem ainda uma iniciativa global de eletricidade lançada pelo Reino Unido e a Índia, e que foi subscrita por 80 países. A Iniciativa Green Grids visa mobilizar vontade política e financiamento para criar super-redes internacionais em todos os continentes e conectar desertos e costas ventosas com centros populacionais, com vista a fornecer eletricidade confiável a partir de energias renováveis para esses locais mais difíceis.
Outra iniciativa relevante avançada na COP26 foca-se na produção de eletricidade limpa no hemisfério sul, contando com um orçamento inicial de 10 mil milhões de dólares assegurado pelo Banco Mundial, a Fundação Rockefeller, ou Fundo Bezos Earth, entre outros. O The Guardian lembra ainda que os fundos de pensão do Reino Unido e da Escandinávia também anunciaram que iriam investir 130 mil milhões de euros em energia limpa até 2030.
Os autores de um relatório publicado para apoiar a Breakthrough Agenda concluíram: “A colaboração internacional pode criar inovações mais rápidas, maiores economias de escala e incentivos mais fortes para o investimento, com vista a acelerar o progresso em direção a pontos de inflexão onde soluções limpas se tornam as opções mais acessíveis e atrativas em todo o mundo".
Outros acordos voluntários subscritos na 'Breakthrough Agenda' da COP26 referem-se ao fim do desmatamento até 2030 e também às emissões globais de metano, um gás com relevante efeito de estufa. No sector da agricultura, as regras coordenadas envolvem parar com as importações de carne, soja, palma ou cacau, que obrigam a processos de desmatamento e podem acelerar a destruição florestal.
Os líderes dos principais países a nível mundial comprometeram-se ainda a discutir e a fortalecer todos os anos o progresso global a nível das inovações realizadas, com o suporte de relatórios liderados pela Agência Internacional de Energia.