A Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira dois cidadãos iraquianos em Lisboa. Os dois homens, ambos na casa dos trinta anos, irmãos, estavam em Portugal há quatro anos e um deles trabalhava num call center e em restaurantes. Segundo uma fonte judicial, chegaram a Portugal infiltrados num grupo de refugiados que veio da Grécia.
Em comunicado oficial, a PJ avança que os dois detidos são suspeitos pela "prática de crimes de adesão e apoio a organização terrorista internacional, de terrorismo internacional, e contra a humanidade".
Ainda segundo a mesma fonte, os suspeitos viviam em Mossul, o bastião do Daesh no Iraque, e eram militantes deste grupo radical islâmico.
De acordo com o comunicado da PJ, foram realizadas buscas na região de Lisboa, tendo sido recolhidas provas que "indiciam que estes dois indivíduos assumiram distintas posições na estrutura do ISIS / Da’esh". Mas, segundo a PJ, "não foram identificados indícios de que tivessem cometido quaisquer crimes desta natureza em território nacional".
Os dois suspeitos encontram-se detidos e aguardam interrogatório.O Iraque emitiu um mandado de captura contra estes dois suspeitos, mas como é um país que aplica a pena de morte, não é líquido que Portugal os extradite.
A investigação começou há quatro anos quando a PJ recolheu indícios que foram mais tarde validados "em sede de cooperação internacional".
A operação foi realizada em colaboração o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e com as autoridades judiciárias iraquianas.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: calmeida@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes