A dieta do amanhã: aquilo que comemos (ou não) pode ser definitivo para vivermos mais e melhor

Cientistas e futuristas têm encontrado nos nutrientes que ingerimos um segredo para uma maior longevidade
Cientistas e futuristas têm encontrado nos nutrientes que ingerimos um segredo para uma maior longevidade
Rafael Tonon
“Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais.” Com três frases concisas, o jornalista e escritor norte-americano Michael Pollan resumiu, depois de anos de pesquisa a ler artigos científicos e entrevistar todos os tipos de profissionais (chefes, nutricionistas, produtores, sociólogos...), quais deveriam ser “as regras da comida” para comermos melhor. Elaborou uma lista de 64 regras — publicadas num livro homónimo que se tornou um bestseller no final da primeira década dos anos 2000 em alguns países e que permaneceu semanas no primeiro lugar da lista do “The New York Times” (entre algumas curiosas, estão “só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos” e “não coma nada que lhe chegue pela janela do carro”). Mas a mais desagradável de todas era a que dizia para comermos menos. Algo que já estamos até um bocado cansados de saber, mas que nas palavras de Pollan ganhou um argumento ainda mais convincente: não se trata apenas de preocupações com o peso, diz ele, mas de uma escolha que pode nos proporcionar comer por muito mais tempo. Queres viver mais uns bons anos? Então o melhor é dosear as quantidades no prato.
O que a pesquisa de Pollan indica, e muitos estudos científicos tratam de reiterar cada vez mais, é que a nossa longevidade está intimamente ligada ao consumo de nutrientes e calorias. Diversos estudos demonstraram reiteradamente que uma maior “restrição calórica” pode tornar o envelhecimento mais lento em animais, e muitos pesquisadores acham que esse é um dos fatores que estabelece o vínculo mais forte entre dieta e prevenção do cancro. “Comemos muito além do que o nosso corpo necessita para ser saudável, e o excesso faz estragos — não só no nosso peso”, alerta.
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