
Cálculos para Portugal indicam que a percentagem de casos de infeção entre quem tem a vacinação completa é muito baixa. Reforço vacinal não se justificará para já
Cálculos para Portugal indicam que a percentagem de casos de infeção entre quem tem a vacinação completa é muito baixa. Reforço vacinal não se justificará para já
Se a proteção garantida pelas vacinas contra a covid-19 está já devidamente provada e medida no caso da diminuição do risco de hospitalização e morte — os principais objetivos para que foram concebidas —, falta agora perceber melhor se estas também impedem ou reduzem a infeção provocada pelo novo coronavírus. E as primeiras estimativas calculadas para Portugal indicam que a percentagem de infeções entre quem já tem a vacinação completa (14 dias após as 2 doses ou da toma única no caso da Janssen) não é zero, mas é muito baixa.
Os cálculos iniciais feitos por Manuel Carmo Gomes, professor de Epidemiologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos peritos que tem trabalho com as autoridades de saúde, apontam para uma taxa de infeção média entre vacinados inferior a 1% ao longo dos últimos meses. Os dados ainda estão a ser trabalhados, nomeadamente para saber se o valor é mais alto no caso da variante Delta, mas indicam para já números muito baixos em todas as faixas etárias. Juntamente com os cálculos já feitos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge sobre a efetividade das vacinas e a manutenção da proteção ao longo do tempo — e ainda o avanço do processo de imunização —, a perspetiva de controlo da epidemia é cada vez mais uma realidade. Sabendo, no entanto, que o espectro do aparecimento de novas variantes, mais transmissíveis ou capazes de fugir à imunidade das vacinas, continuará a pairar.
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