Exclusivo

Sociedade

Transmissão abranda na região de Lisboa. Mais casos ligados a festejos do Sporting

Transmissão abranda na região de Lisboa. Mais casos ligados a festejos do Sporting
MIGUEL A. LOPES/LUSA

A incidência continua a subir e a epidemia a crescer em Lisboa e Vale do Tejo, mas de uma forma mais lenta

O indicador de transmissibilidade na Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) parece mostrar os primeiros sinais de desaceleração, apesar de continuar acima de 1. “Os últimos dias sugerem estabilização ou diminuição do R(t) na região”, avança o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Isso significa que a incidência continua a subir e a epidemia a crescer na região, mas de forma mais lenta. Ainda assim, o Governo considera que a situação na região é “motivo de preocupação”. Por trás do crescimento está, sobretudo, a situação na capital, que fica em alerta por ter mais de 120 casos por 100 mil habitantes.

Se houvesse novas etapas de desconfinamento e Lisboa se mantivesse em alerta duas semanas, não poderia dar um passo em frente. Não havendo, para já, novas fases, o alerta serve para as autoridades de saúde controlarem a transmissão, reforçando a testagem, rastrean­do contactos e isolando casos positivos, como está a acontecer. Para recuar no desconfinamento, segundo as regras em vigor para todos os concelhos, é preciso um agravamento consistente. “O critério para um concelho recuar é o de, em duas avaliações consecutivas, ter uma incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”, confirma ao Expresso o Ministério da Saúde. Foi o que aconteceu aos municípios que deram um passo atrás. Mantendo-se estes critérios, só se Lisboa ficar nas próximas duas semanas acima de 240 casos por 100 mil habitantes é que irá recuar na semana seguinte. A Direção-Geral da Saúde admitiu, na terça-feira, que será possível atingir esse patamar “em duas ou três semanas”, e o Expresso sabe que, embora haja menos casos nas zonas históricas mais afetadas, os números ainda não estão a descer no concelho.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ralbuquerque@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate