
Número de mesas e cadeiras ao ar livre disparou em várias cidades do país como resposta à pandemia. Urbanistas aplaudem, mas deixam avisos. Carpinteiros agradecem pelo empurrão no negócio
Número de mesas e cadeiras ao ar livre disparou em várias cidades do país como resposta à pandemia. Urbanistas aplaudem, mas deixam avisos. Carpinteiros agradecem pelo empurrão no negócio
Jornalista
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O número de esplanadas disparou em várias cidades em resultado do desconfinamento e da procura por espaços ao ar livre: apareceram em becos e passeios, mas também em ruas fechadas ao trânsito e em lugares de estacionamento, conquistando terreno ocupado pelos automóveis. Tal como em muitos países europeus, também em Portugal o espaço público está a transformar-se como resposta à pandemia. Num ano, segundo dados recolhidos pelo Expresso, as esplanadas ocuparam mais de 500 lugares de estacionamento em sete cidades, o equivalente a uma fila de trânsito de 2,5 quilómetros.
Com o intuito de melhorar a economia das cidades e ajudar a restauração, muitas autarquias autorizaram o alargamento ou criação de novas esplanadas isentas do pagamento de taxas. São as Juntas de Freguesia que gerem esse processo, mas no caso de Lisboa, por exemplo, é à Câmara que cabe autorizar pedidos de ocupação de lugares de estacionamento ou zonas de cargas e descargas. Desde maio do ano passado foram aceites 279 dos 355 pedidos. No Porto, onde o número total de esplanadas duplicou no ano passado — ocupando mais de 6 mil m2 —, contam-se agora 123 lugares de estacionamento ocupados por cafés ou restaurantes.
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