São 10 os anexos da parceria público privada (PPP) responsável pelo SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal) que foram declarados "confidenciais pelas partes do contrato" - a empresa SIRESP SA e o Estado. A Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do Ministério das Finanças critica a situação.
"Note-se, a este respeito, que, muito embora a UTAP tenha instado as partes a autorizarem a plena divulgação dos respetivos documentos contratuais, com vista à plena satisfação dos interesses públicos em presença, esta pretensão não foi acolhida de forma integral", lamenta. A Unidade chegou a pedir um parecer à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), mas os 10 anexos (de um total de 47) mantiveram-se em segredo.
Na lista de anexos "confidenciais", segundo o “Diário de Notícias”, encontram-se o "acordo parassocial", as "Especificações Técnicas", o "Contrato de Fornecimento Tetra" , os "Locais disponibilizados pela Entidade Gestora", o "Contrato de Gestão e Manutenção do Sistema de Informação", o "Contrato de Gestão e Manutenção do Sistema Tetra", o "Contrato de Prestação de Serviços Associados à Rede de Circuitos para o SIRESP", o "Contrato de Cedência de Espaços e de Prestação de Serviços" e o "Procedimento de aferição das deduções por Falhas de Disponibilidade e por Falhas de Desempenho".
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai ser questionado no parlamento, esta quarta-feira, numa audição requerida pelo CDS e aprovada por todos os partidos.
"É preciso saber qual é a situação exata da empresa, quer em termos financeiros, quer de gestão, tendo em conta que se demitiu o presidente (General Manuel Couto); é preciso uma explicação sobre o porquê de o Governo não ter antecipado a questão da concessão depois do fim do contrato a 30 de junho; e o ministro terá de nos dizer o que se passa nas negociações que estão a decorrer com a Altice e que garantias pode dar", explica o presidente do grupo parlamentar do CDS, Telmo Correia.
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