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Discotecas no desespero de não verem futuro

Alberto Cabral volta à sua Alma Privé, a maior discoteca da zona do Porto, pela primeira vez em mais de um ano. “Dói muito vir aqui, é triste ver isto a apodrecer”
Alberto Cabral volta à sua Alma Privé, a maior discoteca da zona do Porto, pela primeira vez em mais de um ano. “Dói muito vir aqui, é triste ver isto a apodrecer”
Ana Baiao

O único sector fechado por decreto há mais de um ano continua sem perspetivas de poder desconfinar

Abre a porta, com o coração apertado. É a primeira vez que o dono da maior discoteca da zona do Porto volta à Alma Privé, após a última noite em que esteve aberta, a 8 de março do ano passado, com casa cheia e muita animação. Agora, os balcões e tetos estão cobertos de bolor, que também se apoderou dos sofás de veludo rosa onde os clientes Vip descontraíam com flutes de champanhe. “Dói muito vir aqui, é uma tristeza ver isto a apodrecer e sem perspetivas de futuro”, confessa Alberto Cabral. “Estão aqui anos de trabalho, e os meus projetos são como filhos.”

As discotecas e bares noturnos têm sido os grandes ausentes dos desconfinamentos anunciados, não havendo ainda sinal de poderem vir a reabrir. Envolvem multidões de pessoas em contacto próximo, o oposto do que se quer numa pandemia. Mas o reverso é que muitos dependem desse negócio para sustentar famílias, e veem-se na situação de abrir mão das poupanças para suportar altos custos só a manter os espaços fechados. A região Norte do país destaca-se por haver donos com várias discotecas.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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