Sociedade

Crise no turismo explica desaceleração no aumento das rendas para habitação

Crise no turismo explica desaceleração no aumento das rendas para habitação
António Bernardo

Em 2020, mais de quatro mil unidades de alojamento local deixaram de estar registadas no Turismo de Portugal

As rendas de habitação voltaram a aumentar, contudo, a um ritmo mais lento em comparação a anos anteriores. Mais oferta foi um dos principais motivos para que o aumento das rendas não tenha sido tão significativo, o que, por sua vez, pode ser explicado pela crise no sector do turismo provocada pela pandemia.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no último ano foram celebrados, em Portugal, mais 10% de contratos de arrendamento, o que resultou num total de 79.878 novos contratos. Com mais cerca de sete mil contratos, foi a primeira vez, desde que há registos (2017), que se verificou um aumento no número de novos contratos.

Em 2020 também se verificou uma maior oferta no mercado. No fim do ano, a Casafari - que reúne os anúncios de todos os portais imobiliários - agregava quase 38 mil casas disponíveis em território nacional, mais 12 mil face a 2019.

No entanto, segundo avança o “Jornal de Negócios”, este aumento está relacionado com o facto de, em 2020, mais de quatro mil unidades de alojamento local terem deixado de estar registadas no Turismo de Portugal. Cancelamentos por parte das autarquias, cessações por iniciativa dos proprietários e anulações devido a erros do registo são os principais motivos para essa fuga - que continua em 2021: mais 1404 unidades deixaram de estar registadas.

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, diz que este será um fenómeno temporário, uma vez que os alojamentos locais não têm “perfil para uma habitação familiar”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate