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Sociedade

Uma aventura pela Lisboa subterrânea onde até estalactites se encontram

Uma aventura pela Lisboa subterrânea onde até estalactites se encontram
Fernando Teigão dos Santos

No subsolo de Lisboa há galerias que parecem autênticas grutas, com estalactites e estalagmites, e outras com as paredes cobertas por cortinas de raízes. Dois “exploradores” amadores percorreram quilómetros de condutas subterrâneas, que em tempos fizeram chegar a água aos hospitais, palácios e chafarizes da cidade, e fotografaram-nas. A aventura resultou em dois livros que têm como fio condutor a água, a história e as estórias que a rodeiam. Ao Expresso contam algumas delas

Uma aventura pela Lisboa subterrânea onde até estalactites se encontram

Carla Tomás

Jornalista

Cortina de raízes de árvores num dos túneis
Fernando Teigão dos Santos e Pedro Costa

Tudo começou com uma conversa ao almoço na esplanada de um restaurante, em frente ao Palácio dos Carvalhos, em Lisboa. Falavam do aqueduto das Águas Livres e do património de Lisboa, quando o funcionário que os servia os informou de que ali mesmo, por baixo daquele jardim, passava um túnel com percurso desconhecido. Fernando Teigão dos Santos, um investigador “com veia de explorador", e Pedro Costa, um engenheiro que trabalha no sector energético e gosta de espeleologia, também não sabiam onde ia dar aquele túnel, mas queriam saber. E assim, “numa praceta em forma de meia laranja”, a meio da rua do Século, começou a primeira aventura dos dois “exploradores” pelo mundo intestino da capital portuguesa.

Depois de percorrerem sete quilómetros de túneis que levavam as águas aos palácios da cidade, nasceu o livro “A Lisboa Subterrânea do Marquês de Pombal”, em 2018. Para o escreverem, Fernando e Pedro deambularam por galerias construídas no tempo do Marquês de Pombal e que serviam para levar água até às suas propriedades e às dos amigos e mercadores que pertenciam à sua “rede de influência”, no lado ocidental da cidade, do Bairro Alto (galeria do Loreto), à Lapa (galeria das Necessidades), passando pela Madragoa (galeria da Esperança).

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