A mobilidade em Portugal continental está a regressar a um "novo normal". Com o início da segunda fase do desconfinamento, a semana passada. os portugueses voltaram a circular em tão grande número como tinham feito em maio de 2020 e na semana que antecedeu o último Natal.
Este fim de semana de chuva fará com que muitos fiquem em casa, mas na última semana, com o início da segunda fase do desconfinamento, os portugueses voltaram a circular em tão grande número como tinham feito em maio de 2020 e na semana que antecedeu o último Natal.
A constatação é de mais um estudo do Painel de Mobilidade da consultora PSE, que assegura que “o perfil da mobilidade dos portugueses já está no 'novo normal'” e que “o confinamento em casa na última semana apresentou a maior descida semanal desde que entrámos no período pandémico”.
O regresso alargado à escola dos alunos do 5º ao 9º ano, a reabertura de esplanadas e o alargamento de horários de alguns espaços comerciais nesta nova fase estão entre as razões para esta movimentação fora de casa entre 5 e 9 de abril.
Nesta última semana, apenas 33,5% das pessoas ficaram em casa, o que significa menos 3,5 pontos percentuais que nas primeiras semanas de desconfinamento (de 15 de Março a 1 de abril) e menos 11, 5 pontos percentuais que no período de confinamento entre 15 de janeiro e 12 de março, quando 47% dos portugueses se mantinha em clausura caseira.
Antes da pandemia, não mais de um quarto (25%) ficava tão fechado em casa, mas desde que a Sars-Cov-2 nos “invadiu” e alterou o contexto social e económico, impondo o teletrabalho, o ensino à distância, população em layoff e aumento do desemprego, a população que fica em casa todos os dias aumentou 7 a 8%, indica a PSE.
Mas se nos dias úteis entre 15 de Janeiro e 12 de Março de 2021 apenas 32% dos portugueses tinha uma mobilidade elevada ou média, entre 5 e 9 de Abril quase metade (47%) revelaram esse comportamento mais livre.
No entanto, a PSE considera que “de uma forma geral, quer no confinamento, quer no desconfinamento, as diretivas das autoridades têm vindo a ser cumpridas pelos portugueses”.
Os dados recolhidos pela PSE têm na base a monitorização da localização e meios de deslocação de um painel de 4992 indivíduos (representativos do Universo da população com mais de 15 anos, residente em Portugal Continental), em cujos telemóveis descarregaram uma App que permite monitorização via GPS durante 24 horas por dia, com uma margem de erro de 1.4% para um intervalo de confiança de 95%.
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