Sem barbatana, com cortes no corpo, alguns com vestígios de plástico no estômago e outros já em estado de decomposição - é assim que as redes de arrojamentos encontram os animais que dão à costa. E esta realidade, admitem as organizações criadas para analisar os animais que chegam às praias, tem vindo a crescer em Portugal.
Os números falam por si e, só entre janeiro e novembro do ano passado, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) contou 502 animais empurrados pelo mar até à areia, o equivalente ao aparecimento de um animal por cada dois quilómetros de costa portuguesa. Os dados enviados ao Expresso pelo ICNF revelam que os arrojamentos - situações em que os animais dão à costa -, mais do que duplicaram em quatro anos. Em 2017 registaram-se 218 arrojamentos, menos 284 do que no ano passado, e as contas de 2020 ainda não contemplavam o mês de dezembro.
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