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Há cada vez mais animais a dar à costa em Portugal e as redes de pesca são o grande responsável

A captura acidental relacionada com as pescas é a principal causa de morte dos animais que dão à costa
A captura acidental relacionada com as pescas é a principal causa de morte dos animais que dão à costa

Só no ano passado, deram à costa mais de 500 animais. Em quatro anos, o número mais do que duplicou e os biólogos estimam que estes resultados sejam apenas 15% do total de animais que morrem no mar. As principais causas são as redes de pesca, mas já há um projeto no Algarve que está a mostrar que a realidade pode mudar

Sem barbatana, com cortes no corpo, alguns com vestígios de plástico no estômago e outros já em estado de decomposição - é assim que as redes de arrojamentos encontram os animais que dão à costa. E esta realidade, admitem as organizações criadas para analisar os animais que chegam às praias, tem vindo a crescer em Portugal.

Os números falam por si e, só entre janeiro e novembro do ano passado, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) contou 502 animais empurrados pelo mar até à areia, o equivalente ao aparecimento de um animal por cada dois quilómetros de costa portuguesa. Os dados enviados ao Expresso pelo ICNF revelam que os arrojamentos - situações em que os animais dão à costa -, mais do que duplicaram em quatro anos. Em 2017 registaram-se 218 arrojamentos, menos 284 do que no ano passado, e as contas de 2020 ainda não contemplavam o mês de dezembro.

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