
Há questões culturais, históricas e sociais para se passar tanto frio no inverno em Portugal. Estar confortável em casa ainda é um luxo
Há questões culturais, históricas e sociais para se passar tanto frio no inverno em Portugal. Estar confortável em casa ainda é um luxo
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
O primeiro fim de semana com novas medidas de confinamento foi marcado por imagens. A maioria veio da rua: imagens de gente em fila para votar antecipadamente nas eleições presidenciais, imagens de grupos a descumprir o dever de recolhimento. Carlos Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, viu todas essas imagens, mas viu também outras, que vieram de dentro de casa.
“Fotografias de um casal em casa enrolado em cobertores e com um aquecedor à frente. É confrangedor”, confessa. O Expresso contou algumas dessas histórias, de quem nem em casa consegue fugir do frio. Como muitas outras, são histórias de desigualdade e de pobreza. “Com os salários que há em Portugal, as pessoas só podem ter casas dessas”, onde se passa frio, explica o bastonário. Mas o dinheiro não é a única variável em falta. Então afinal, por que se passa tanto frio em casa em Portugal?
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