O segundo período arranca esta segunda-feira e na maioria das escolas os alunos vão ter aulas presenciais apesar do previsível aumento de casos devido ao convívio do Natal.
Mas há exceções: o Agrupamento de Escolas de Mêda, no distrito da Guarda, anunciou este domingo que, nas próximas duas semanas, as aulas do segundo período letivo não serão presenciais devido "à atual situação epidemiológica" da covid-19 no concelho. Numa informação divulgada domingo de manhã, nas redes sociais, o presidente do Agrupamento, Luís Filipe Lopes, salienta que se trata de uma "medida preventiva e de mitigação". "Apelamos à tranquilidade, compreensão e colaboração de toda a comunidade", lê-se no comunicado.
O presidente da Câmara de Pinhel, no distrito de Guarda, disse à agência Lusa que as aulas no concelho não vão ser presenciais nas duas próximas semanas também por causa da situação epidemiológica. Segundo Rui Ventura, falta apenas a confirmação da Direção Regional de Saúde, depois de as autoridades de saúde local e distrital terem concordado com a passagem das aulas presenciais a não presenciais.
Na Madeira, o executivo regional adotou medidas específicas para os três concelhos com "maior incidência de casos": Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava. Nestes municípios, o reinício das aludas vai ocorrer de forma "progressiva", para permitir que as autoridades de saúde efetuem uma "avaliação concentrada e dedicada da situação" e "à medida que as testagens forem sendo realizadas, os estabelecimentos de ensino serão abertos", destaca o Governo regional.
Nestes três concelhos, as escolas públicas privadas devem reabrir até 11 de janeiro, enquanto nos restantes estabelecimentos de ensino nos demais municípios mantém-se o calendário definido, recomeçando as aulas na segunda feira
O governo insular informa que "as equipas de testagem irão iniciar o seu trabalho na manhã de segunda-feira, dia 4 de janeiro, nos três municípios identificados, com o objetivo de rastrear os mais de 6.000 professores e auxiliares educativos".
Nos Açores, o Governo local determinou este domingo a "testagem massiva" à covid-19 das "comunidades escolares, alunos, docentes e não docentes" das escolas do concelho de Vila Franca do Campo e da vila de Rabo de Peixe. A decisão do executivo açoriano para o concelho e a freguesia da ilha de São Miguel, anunciada em nota à imprensa, surge "na sequência da permanente vigilância epidemiológica, que está a cargo das estruturas regionais com competência para o efeito, e tem como objetivo a salvaguarda da defesa da segurança da comunidade e da saúde pública".
Os testes serão realizados a partir de terça-feira, "devendo os estabelecimentos que tiveram interrupção letiva no Natal permanecer em regime de ensino a distância, até estar concluída a testagem", indica o executivo
Portugal contabiliza pelo menos 7.045 mortos associados à covid-19 em 423.870 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 7 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
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