A primeira pessoa com uma reinfeção por covid-19 cientificamente comprovada é uma profissional de saúde do norte do país. Estirpes diferentes do vírus provocaram sintomas diferentes com dois meses de intervalo
Dois meses separam a primeira da segunda infeção por covid-19 numa profissional de saúde do norte do país. Em setembro, esta mulher na casa dos 30 anos foi infetada após vários familiares terem contraído o novo coronavírus. Teve perda do olfato e do paladar, dores no corpo, cefaleias e febre ligeira. Após vários testes negativos e na ausência de sintomas, foi dada como curada, mas em novembro, um mês e 20 dias depois, voltou a sentir sintomas na sequência de um contacto de risco. Fez um teste, que deu positivo, sendo que neste segundo episódio da doença teve mais tosse, mais febre, dor torácica e novamente perda do olfato e do paladar.
O caso caiu nas mãos da infecciologista Margarida Tavares, que, desde o início da pandemia, tem estado ao leme do internamento de covid-19 no Hospital de São João, no Porto, onde já recebeu vários casos de suspeita de reinfeção. Em Portugal, já foram identificados alguns. O mais recente, de uma fisioterapeuta de Lisboa testada nos Laboratórios Germano de Sousa, ainda não foi cientificamente provado.
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