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Afinal, as vacinas covid-19 vão ser produzidas em Portugal?

Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização
Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização
FOTO GONÇALO ROSA DA SILVA

Ainda não há contratos de fabrico com farmacêuticas nacionais, mas o Governo acredita que em 2021 haverá “resultados mais palpáveis”. Muitos dos laboratórios internacionais envolvidos nesta ‘corrida’ não concluíram os respetivos processos de investigação e desenvolvimento da terapia para prevenir a infeção pelo novo coronavírus e, por isso, permanecem abertas janelas de oportunidade para atrair produção

É um trabalho de formiguinha que “já está a dar frutos”, garante ao Expresso o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, sobre a promoção externa da indústria farmacêutica nacional que o Governo tem vindo a fazer. A intenção é atrair para Portugal a produção de algumas das vacinas contra a covid-19, e para isso foram contactadas mais de 30 multinacionais em cerca de uma dezena de países. Porém, faz notar o governante, as coisas não acontecem “de um dia para o outro”. Até porque muitos destes laboratórios ainda estão nas fases II e III (a última antes da comercialização) de desenvolvimento da vacina.

“Apenas em 2021 teremos resultados mais palpáveis. A formação do mercado das vacinas covid levará algum tempo a consolidar-se, em particular se, como tudo indica, a necessidade de vacinação for recorrente”, diz Brilhante Dias. O esforço diplomático, feito em conjunto com os Ministérios da Saúde e da Economia e Transição Digital, envolvendo também entidades empresariais e a sociedade científica, “perdurará no tempo, não se esgotando no atual contexto pandémico”.

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