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Estudo mostra que europeus estão a ficar contaminados com um cocktail de químicos - e eles estão nos nossos alimentos, roupas ou móveis

Estudo mostra que europeus estão a ficar contaminados com um cocktail de químicos - e eles estão nos nossos alimentos, roupas ou móveis
Robert Nickelsberg

Estudo europeu revela que ninguém está a salvo de estar contaminado com substâncias químicas com origem no embalamento de comida ou noutros produtos que entram nas nossas vidas diariamente. Cientistas e ambientalistas apelam a maior controlo das autoridades europeias para bem da saúde.

Estudo mostra que europeus estão a ficar contaminados com um cocktail de químicos - e eles estão nos nossos alimentos, roupas ou móveis

Carla Tomás

Jornalista

O que comemos, inalamos ou absorvemos na nossa pele está a deixar-nos contaminados com um cocktail de químicos. A presença de ftalatos e de bisfenóis — produtos químicos comunmente encontrados nos plásticos que embalam os alimentos que comemos ou bebemos, nas roupas que vestimos, nos cosméticos que usamos ou nos materiais de que são feitas os móveis ou objetos das nossas casas — está a ser absorvida por todos nós, independentemente da idade, sexo ou região geográfica onde vivemos. E essa acumulação de químicos tem efeitos potenciais na nossa saúde, estando associados a doenças cancerígenas e cardiovasculares e a alterações nos sistemas nervoso, reprodutivo e imunitário.

O alerta não é de agora, mas volta esta quinta-feira a estar debaixo dos holofotes com base nas conclusões de um novo estudo europeu, dado a conhecer em Portugal pela organização não governamental do ambiente ZERO, que colaborou no projeto liderado pela espanhola ReZero, com outras organizações congéneres da Bélgica (Zero Waste Europe), Eslovénia, Bulgária e Letónia. O projeto “Plástico em Destaque”, agora divulgado, pegou em amostras de urina de 52 pessoas de seis países da UE, mandou analisá-las no Instituto Norueguês de Saúde Pública (Oslo, Noruega) e no Instituto Hospitalar del Mar de Investigações Médicas de Barcelona (Espanha), e constatou que todos os participantes continham entre 18 a 23 substâncias químicas potencialmente perigosas, entre as 28 analisadas.

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