O Ministério da Saúde prevê terminar 2020 com menos 12,5% de consultas médicas realizadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, em comparação com o passado - qualquer coisa como um milhão e meio de consultas a menos, diz o “Público” esta sexta-feira.
Ao mesmo tempo, a tutela antecipa um recuo de 21,6% nas cirurgias, menos 152 mil operações em relação a 2019. Esta quinta-feira, o “Jornal de Notícias” dá conta que a pandemia já cancelou, em nove meses, 96 mil cirurgias.
Os números do Ministério da Saúde estão incluídos na projeção do sector para o Orçamento do Estado 2021, que será debatido esta quinta-feira na Assembleia da República. Ora, no próximo ano, estão previstas um total de 31,6 milhões de consultas realizadas, incluindo mais 8,5 milhões nos centros de saúde - um aumento de 92,2% em relação ao primeiro ano pandémico. Esta previsão bate certo com o recuo já verificado nos cuidados primários: menos oito milhões de consultas.
Devido à pandemia, o cenário nos hospitais privados é ainda pior que o SNS no que toca à quebra de atividade, segundo dados do próprio SNS e da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), citados pelo “Jornal de Negócios”. Por exemplo, de fevereiro para março, o número de operações realizadas nos privados caiu mais de 40% (contra 37% no SNS). E em abril superou os 80% em relação a fevereiro, quando no SNS foi de 73%.
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