Apoiantes portugueses do grupo conspiracionista QAnon terão sido responsáveis por enviar à Procuradoria Geral da República, no passado dia 3 de setembro, uma denúncia anónima (mas assinada com o nome do grupo) em que acusam as autoridades portuguesas de esconder deliberadamente um dos discos rígidos apreendidos a Rui Pinto. O alegado objetivo é esconder da população que Portugal e Espanha são governados por uma elite de políticos e celebridades que se dedicam ao tráfico sexual de menores. A informação é avançada pela revista “Sábado”, que a confirmou junto de fonte judicial.
Esta teoria é semelhante à que é disseminada pelo mesmo grupo nos Estados Unidos e, tal como lá, não existe nenhuma prova a sustentá-la. “Os discos de Rui Pinto têm muita coisa, mas não têm nada disso”, disse à “Sábado” uma fonte da Polícia Judiciária. Três dias depois da denúncia ter chegado à PGR, o mesmo texto foi publicado num site ligado à extrema-direita portuguesa e espanhola, que tem entre os seus colaboradores dois membros do Chega: Pedro dos Santos Frazão, vogal da direcção, e Augusto Damásio, militante.
Na passada sexta-feira (dia 23), o Expresso noticiava que o movimento de teóricos da conspiração QAnon tem cerca de 250 adeptos em Portugal que difundem nas redes sociais as mensagens racistas e de ódio deste grupo extremista.
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