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Carlos Farinha Rodrigues: “É entre os mais pobres dos pobres que esta crise vai ter um efeito maior”

Carlos Farinha Rodrigues, economista e especialista em pobreza e desigualdades, antevê um agravamento muito forte da pobreza em Portugal em resultado da pandemia
Carlos Farinha Rodrigues, economista e especialista em pobreza e desigualdades, antevê um agravamento muito forte da pobreza em Portugal em resultado da pandemia
Marcos Borga/Visão

O especialista na área da pobreza e desigualdades será um dos membros da comissão criada pelo Governo para elaborar uma estratégia nacional de combate à pobreza. “As políticas da luta contra a pobreza não podem ser só transferências monetárias”, defende. E alerta: "Temos de fazer um grande balanço sobre quais as políticas de combate à pobreza que devem existir em Portugal". Este sábado é Dia Internacional para Erradicação da Pobreza

Há já alguns anos que Carlos Farinha Rodrigues, especialista na área de pobreza e desigualdades, defende a necessidade de o país ter uma verdadeira estratégia nacional de combate à pobreza. Simplificado, isso significa assegurar que todas as medidas sociais destinadas a evitar situações de pobreza estão interligadas, articuladas, garantindo que não se sobrepõem nem que deixam ninguém de fora. No Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, que se comemora este sábado, 17 de outubro, o Governo anunciou a criação de uma comissão que visa, precisamente, elaborar esta estratégia.

Carlos Farinha Rodrigues, também professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), é um dos membros dessa comissão. E defende que as "políticas da luta contra a pobreza não podem ser só transferências monetárias". É preciso que sejam mais do que isso, sobretudo para conseguirem vir a dar resposta ao "forte agravamento" da pobreza e exclusão social que a pandemia de covid-19 já trouxe para Portugal. Além disso, a atual crise expôs e acentuou desigualdades no acesso à saúde, educação e habitação. E a resposta tem de ser, por um lado, imediata e, por outro, estrutural. "Podemos até ter muitas medidas boas, mas se não as articularmos as sinergias perdem-se", afirma ao Expresso.

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