O Governo prepara-se para ir de férias de verão e está por concluir o plano para fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para um dos invernos mais críticos de que há memória, no qual se prevê a circulação em simultâneo do vírus da gripe com uma eventual segunda onda do coronavírus pandémico. Em períodos normais a pressão sobre os cuidados tem esgotado a resposta de centros de saúde e hospitais e os profissionais receiam o pior com a acumulação de doentes. Pedem ao Governo, sexta-feira sob escrutínio no Parlamento para o debate sobre o Estado da Nação, que conclua e divulgue as medidas de reforço para que no regresso das férias todos saibam o que têm de fazer.
Quem está no terreno já identificou o que é indispensável mudar mas ninguém os quer ouvir. Afirmam que a ministra da Saúde, Marta Temido, mantém-se alheada. “Temos estado a pensar no próximo inverno e esperávamos ser chamados para participar no planeamento mas no Ministério ainda ninguém o fez, e devia. Estamos na linha da frente, sabemos o que é preciso e que o que se vai passar não será bom nem melhor do que no ano passado”, afirma Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
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