Sociedade

GNR diz que impediu entrada de pessoas em abrigo que ardeu em Santo Tirso porque “não existia urgência” em retirar animais

Fogo afetou o abrigo localizado na freguesia de Agrela, em Santo Tirso, e matou dezenas de animais. PAN quer ouvir o ministro da Administração Interna

Vários animais que se encontravam num abrigo em Santo Tirso morreram no sábado à noite na sequência dos fogos que deflagraram perto da região. O partido PAN denunciou a situação numa publicação nas redes sociais e afirmou que populares e organizações foram impedidas de entrar no abrigo para retirar os animais, mas a GNR contrariou esta versão.

Em comunicado enviado às redações este domingo, a força policial referiu que foi impedida a entrada dos populares no abrigo localizado na freguesia de Agrela, em Santo Tirso, “uma vez que, àquela hora, já não existia urgência”. Por outro lado, “a situação estava já a ser tratada pelas entidades competentes”, tratando-se o espaço de “uma propriedade privada”.

“Os bombeiros combateram o incêndio, conseguindo evitar que o espaço ardesse todo, havendo condições para que os restantes animais permanecessem no local até que se resolvesse a situação, sendo retirados apenas os animais feridos, por indicação do veterinário municipal”, refere a nota.

A GNR garantiu ainda “que as consequências trágicas deste fogo não tiveram qualquer correspondência com o facto de a guarda ter impedido o acesso ao local por parte dos populares” e que “a essa hora, já tinham sido salvos os animais que foi possível salvar”.

A “maior parte dos cães” terá sido “resgatada com vida” mas, “lamentavelmente, a dimensão do fogo e a grande concentração de animais naquele local, impediram que tivesse sido possível resgatar todos os animais com vida, tendo sido recuperados alguns já sem vida”.

De acordo com o PAN, sobreviveram apenas “50 dos cerca de 200 a 300 animais” que se encontravam no canil. Segundo o partido, há outro canil, na mesma zona, que também terá ardido, embora a informação não tenha sido ainda confirmadas pelas autoridades.

Na publicação que fez no Facebook, o PAN referiu que “dezenas de cidadãos, organizações não-governamentais e associações de proteção animal prontificaram-se de imediato a prestar todo o auxílio necessário, sendo no entanto barradas tanto pela Câmara Municipal e respetivo veterinário municipal, como pelas proprietárias dos abrigos”.

O partido irá requerer uma audição ao ministro da Administração Interna para apurar responsabilidades, conforme adiantou ao Expresso.

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