Sociedade

Covid-19. Governo não contabiliza prazos durante a suspensão de atividades presenciais para efeitos de bolsas no superior

Covid-19. Governo não contabiliza prazos durante a suspensão de atividades presenciais para efeitos de bolsas no superior
rui duarte silva

Período de suspensão de atividades não conta para “efeito da duração máxima das bolsas de investigação previstas no Estatuto do Bolseiro de Investigação”

O Governo não vai contabilizar "os prazos decorridos durante a vigência da suspensão das atividades presenciais" nas instituições do ensino superior para "efeito da duração máxima" das bolsas de investigação.

De acordo com o comunicado divulgado na quinta-feira à noite, o Conselho de Ministros aprovou a não contabilização dos "prazos decorridos durante a vigência da suspensão das atividades presenciais nas instituições do ensino superior" para "efeito da duração máxima das bolsas de investigação previstas no Estatuto do Bolseiro de Investigação".

O Governo também não vai contabilizar "os prazos de suspensão determinados por autoridade pública nacional ou estrangeira e que se apliquem a entidades de acolhimento de bolseiros".

Em 08 de julho, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse, no parlamento, que cerca de 200 alunos do ensino superior recorreram a auxílios de emergência ou pediram pela primeira vez bolsas de estudo.

"Entre março e o final de junho foram submetidas e devidamente processadas 141 novas candidaturas" a bolsas, disse Manuel Heitor, durante a audição parlamentar na comissão de Educação e Ciência.

Segundo contas do ministro, estas 141 bolsas representam um aumento de 0,1% do total das candidaturas recebidas durante todo o ano letivo.

Outros 54 alunos do ensino superior recorreram aos auxílios de emergência, ou seja, apoios financeiros que são atribuídos de forma excecional e pontual para responder a necessidades económicas graves.

Este apoio pode ser dado a bolseiros, no sentido de reapreciar o valor atribuído, mas também a alunos que não estavam abrangidos por esta ajuda, mas, devido a problemas financeiros, podem recorrer a qualquer momento.

A pandemia obrigou a uma paragem da atividade económica desencadeando uma crise financeira sem precedentes.

O aumento do desemprego e a redução do rendimento de milhares de famílias são já duas das consequências conhecidas e os estudantes do ensino superior não ficaram de fora desta crise.

As instituições de ensino superior tiveram este ano cerca de 71 mil bolseiros e o ministro lembrou alguns dos mecanismos que têm sido criados pelo Governo para reduzir a incerteza de capacidade financeira entre as famílias mais carenciadas.

Os alunos carenciados que terminam o secundário mantêm o direito à bolsa quando chegam ao ensino superior, assim como os estudantes do ensino superior quando mudam de ciclo de estudos.

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