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Covid. Ministério da Justiça quer que promotores da festa de Lagos que infetou 90 pessoas paguem indemnizações

Covid. Ministério da Justiça quer que promotores da festa de Lagos que infetou 90 pessoas paguem indemnizações
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Francisca Van Dunem pede a intervenção da Procuradoria-Geral da República. Autoridades já ouviram o promotor do evento

Covid. Ministério da Justiça quer que promotores da festa de Lagos que infetou 90 pessoas paguem indemnizações

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

A ministra da Justiça pediu ao Ministério Público que instaure indminizações contra os promotores da festa em Odiáxere, Lagos, e que resultou na infeção de pelo menos 90 pessoas. O pedido é confirmado num comunicado divulgado esta sexta-feira e em que Francisca Van Dunem pede a intervenção da Procuradoria-Geral da República no caso.

“A ministra da Justiça solicitou hoje [esta sexta-feira] à Procuradoria-Geral da República a intervenção do Ministério Publico para, em representação do Estado, instaurar ações indemnizatórias contra os promotores do evento de Odiáxere, em Lagos”, pode ler-se na curta nota enviada às redações.

A festa, que se realizou num clube de Odiáxere, tinha inicialmente prevista a participação de 20 pessoas - o máximo atualmente definido por lei - mas contou com a presença de cerca de 200 pessoas, de vários pontos do Algarve.

Ao perceberem que o número de presentes estava muito além do permitido, os responsáveis do clube alertaram as autoridades. Ainda assim, a festa terá continuado numa casa particular. No mais recente balanço, anunciado esta sexta-feira, a delegada regional de saúde do Algarve confirmou que há 90 pessoas que estiveram no evento e que testaram positivo à covid-19.

Embora a maioria seja residente do concelho de Lagos, há casos positivos identificados noutros concelhos da região, como Albufeira, Portimão e Loulé. Ainda em reação ao surto, vários espaços foram alvo de desinfeção (o salão do clube de Odiáxere, bem como estabelecimentos de comércio onde alguns dos participantes na festa trabalham) e as Misericórdias suspenderam as visitas em 13 lares do barlavento algarvio.

As autoridades já ouviram o promotor do evento e investigam um possível crime de negligência.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mpgoncalves@expresso.impresa.pt

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